quarta-feira, 23 de novembro de 2011

A internet e o "emburrecimento"


Hoje cedo dei uma olhadela rápida no conteúdo da revista Carta na Escola, edição n° 61, e o artigo "Burros, muito burros demais", p. 57, me chamou a atenção.

Nesse artigo, Roberto Taddei comenta o livro de Nicholas Carr, "O que a internet está fazendo com nossos cérebros". De imediato pensei: "Novidade? Que nada! Eu já sabia disso há muito tempo. Pois sou professor de língua portuguesa e é muito comum encontrar alunos que, por acessarem muito a internet, acabam desenvolvendo uma preguiça mental enorme, haja vista já acharem tudo pronto e não refletirem sobre o que estão vendo ou lendo. E isso vai ficar impresso nos textos que eles produzem. Uma lástima!"

Todavia, ao me aprofundar na leitura e ao rememorar outros textos já lidos, percebi que o processo não é tão simples assim. Acredito que a internet afeta os cérebros de todos os seus usuários sim, mas de modos diferentes. Os que, segundo o autor, podem ser classificados como "burros" (discordo dessa visão), a internet torna ainda mais "burros". E os que são considerados "inteligentes", a internet dá um upgrade.

Isso acontece em todos os domínios da grande rede. Do mesmo modo como acontecia antes da existencia da internet. Havia os que buscavam os livros e os que os ignoravam, os que olhavam as figuras, os que liam trechos fora de contexto, os que buscavam apenas uma frase de efeito, ou simplesmente andavam com um livro debaixo do braço para parecerem cultos.

Claro que a pesquisa desse americano é muito extensa e seu livro circulará nas academias dos EUA, além de se tornar leitura obrigatória em muitas facudades do Brasil. E quem sou eu para opor minhas "desafinadas" considerações ao brilhante trabalho deste senhor? Mais ainda, concordo com quase tudo o que foi apresentado no artigo. Não li o livro ainda. Contudo quando meu ótimo salário permitir comprá-lo, com certeza andarei com ele ao menos debaixo do braço.

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