quarta-feira, 11 de julho de 2012

Necessidade crônica de construir poemas


Passarinho – Kleber Brito

O passarinho desafia a ciência
E faz do poste o seu ninho
Sai de fio em fio pulando
E contorcendo o seu caminho

Se minha visão o alcança
Pula, pula, pula, volta...
Da sua minha esperança
Enfim se cansa e voa
Se um dia ficar na lembrança
Depois volta.
Tomarei por fiança.

Voa, voa, voa alto...
Que sua casa no tempo
Há de viver na infância
Dessa memória presente.

Navegando por hipertextos: uma aventura em “alta-web”


Por Kleber Brito

Há muito tempo eu me aventuro pelos caminhos digitais, e desde que ingressei na grande rede percebi que a navegação por hipertextos pode, como quase tudo na vida, apresentar aspectos positivos e negativos. Essa noção de “hipertexto” ou “hiperligação” não é característica apenas da internet, e esse ato em si já era praticado por muitos leitores que não sabendo o significado de uma palavra ou uma referência partiam em busca de um dicionário ou enciclopédia para desfazer aquela dúvida temporária. Na web é do mesmo jeito, sendo que ao invés de ir buscar um livro já se dispõe de um “caminho”, ou como chamamos link, já trilhado e que nos conduzirá àquele conteúdo que ainda não dominamos. Isto é muito positivo, pelo simples fato de dinamizar a aquisição de saberes e da facilidade em acessá-los.
Contudo, vemos que com toda essa facilidade, toda essa riqueza de hiperconexões, podemos acabar tomando caminhos que nos distanciam do texto base, por exemplo, e estes caminhos nos levam a outros, de modo que venhamos a esquecer dos primeiros passos dados, ou seja, saímos do texto base, não concluímos a leitura, não o retomamos e nos viciaremos a ler e adquirir conhecimentos pela metade, o que já vem sendo percebido por muitos pesquisadores da área.
É nesse contexto que o professor tem que ingressar nessa rede de hiperconexões, compreender seu funcionamento, entender esses aspectos positivos e negativos, e procurar orientar os alunos a buscarem utilizar a rede para pesquisa de um modo que eles de fato tenham um acréscimo relevante naquilo que se dispõem a aprender, não apenas tomar parte de uma informação e acreditar que a têm por completo. É um grande desafio, mas é aí que reside a emoção desta aventura.

QUER QUE EU DESENHE? - CANÇÃO DO EXÍLIO

Na tentativa de "facilitar" a compreensão deste poema tão conhecido, bem como para atender às exigências do curso do e-proinfo com relação às atividades referentes a 2ª unidade, que tratam do que é e de como utilizar hipertextos, publico neste espaço este texto. Nesse sentido, clique nos hiperlinks, caso sinta alguma dificuldade de compreensão do poema.

OBS.: 
Levo em consideração que muitos alunos do ensino fundamental ou mesmo do ensino médio sentem grande dificuldade na compreensão de poemas, principalmente no que se refere ao vocabulário e na própria linguagem figurada.

Segue o texto:
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Canção do exílio - Gonçalves Dias

Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como .

Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.

Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu ;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu ;
Em cismar - sozinho, à noite -
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

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Há muitos outros textos que foram produzidos tomando por base este poema. Você pode consultar a lista e ler os textos clicando aqui.