quarta-feira, 14 de março de 2012

QUAL É SEU NOME?




Prazer conhecê-lo, me chamo Kleber Gomes de Brito. Gomes por parte de mãe e Brito por parte de pai. Como existem outros “kleberes” acabei ficando conhecido por muito tempo como Kleber de João de Nequinho (muitos ainda usam esse recurso). Nequinho? Curioso, não? Bem, já explico. Meu pai é João Macedo de Brito, filho de Manoel Vicente de Brito; Manoel conhecido por Maneco ou, no diminutivo, pelo fato de meu avô ter sido baixinho, Manequinho, reduzido para Nequinho. Como havia outros “joãos”, ele acabou ficando “de Nequinho” para distinguir-se do João de Pedra D’água, do João de Pirauá, do João de Seu Alfredo, do João de Pedro Félix, dentre tantos.
Sou professor, e devido a isso agregou-se ao meu nome o "Professor". Como Professor Kleber Gomes de Brito é um pouco extenso, acabou ficando Professor Kleber Brito. E passo a pergunta a você: qual é a sua história, o seu antropônimo? Pronto! Agora danou-se! E o que é um antropônimo?
Antropônimo não é uma palavra comum, dessas que ouvimos nas rodas de conversas, nas anedotas ou nos desenhos animados, mas está presente em nossas vidas desde antes de nosso nascimento. Vem do grego e significa Nome de homem, mulher ou de ser personificado (nomes, sobrenomes, apelidos e alcunhas). É, portanto, o nome próprio para designar um ser humano, distinguindo-o na sociedade. Isso mesmo, você tem um antropônimo e pode se orgulhar disso.



O Poder do nome

Os antigos egípcios acreditavam que o nome pessoal era mais que um signo de identificação. Para eles, um nome era uma dimensão do indivíduo. Eles acreditavam no poder criador e coercitivo do nome. O nome seria, nessa concepção, uma coisa viva, por estar, simbolicamente, carregado de significação.

Na sociedade tupi-guarani, quando uma criança é "batizada", junta ao seu nome, o de um dos três protetores espirituais da tribo, que seria equivalente ao sobrenome e que vai nortear a sua linhagem, protegendo-a das intempéries da vida terrena.

Em algumas culturas, por acreditarem na especial ligação do nome com a pessoa cognominada, conhecer o nome de alguém ou escrevê-lo em algum lugar em rituais de magia - dependendo das intenções de quem o faz - pode ser benéfico ou não à pessoa nominada, por força do dinamismo simbólico que a liga ao nome.

Para os numerólogos, a escolha de um nome pode influenciar na vida de uma pessoa. Eles dizem que a grande maioria das pessoas não tem essa compreensão e escolhem nomes com significados pouco favoráveis, o que faz com que a pessoa tenha problemas durante a vida toda.

Acreditam que a escolha de um nome é uma tarefa que requer muita responsabilidade e que todas as pessoas deveriam fazer um estudo do significado. Além disso, depois de escolher um bom nome é preciso estudar os sobrenomes das famílias para ter equilíbrio na quantidade de letras.

Enfim, todos são unânimes ao considerar o nome de alguém como algo de suma importância, e de fato o é.
No tocante à lei, o nome é um direito garantido na nossa Constituição, que consagrou o princípio da dignidade da pessoa humana em seu texto, nenhuma pessoa está obrigada a carregar um nome, pelo resto de sua vida, se o nome não reflete a identidade daquela pessoa, pois a pessoa deve ser chamada pelo nome que a identifica, que a individualiza, vale dizer, pelo nome pelo qual ela é conhecida, seja no meio social, seja no meio familiar, seja no meio profissional.

Se o nome, por qualquer motivo, causa constrangimento, prejuízo moral, ou não está de acordo com os nomes dos parentes, dos filhos, ou dos pais da pessoa, ela tem o direito constitucional de mudar, substituir, ou acrescer o nome, ou o sobrenome passando a ter o nome pelo qual é conhecida.



A história dos nomes e sobrenomes

O latim desenvolveu um sistema de identificação relacionado com a estrutura familiar do patriarcado. Cada pessoa tinha três nomes: o prenome, o nome ou gentílico e o cognome. O prenome era o nome propriamente dito. O segundo nome ou gentílico era o mais importante por indicar o grupo consanguíneo descendente de um antepassado comum. O cognome diferenciava a família. Assim, o prenome era de pouca relevância na organização social romana, fundada pelo prestígio das gentes, visto que os gentílicos indicavam a posição social do indivíduo. Com isso, uma pessoa chamada Caius Iulius Caesar, tinha por prenome Caius, por gentílico Iulius, e por cognome Caesar. A importância do gentílico em detrimento do prenome é tão notável que nos livros de História, e na própria História de maneira geral, algumas personalidades são reconhecidas pelo gentílico, como o Júlio Cesar. Pois é, o Caio Júlio César, que ficou Júlio César, que deu nome ao mês de Julho.

Todavia, com a ascensão política e social da plebe, o sistema de denominação romano foi perdendo seu significado. Com a cultura cristã católica, esse sistema foi completamente alterado. O nome mais importante passa a ser o que o indivíduo recebe no batismo, visto ser esse nome que denota o pertencimento do indivíduo à comunidade cristã. Claro que, acrescido ao nome de batismo, vai-se difundindo, pouco a pouco, o nome de família, o que denominamos sobrenome que é um identificador de um grupo consanguíneo, como era o cognome no latim. Os nomes de família podem ser do pai ou da mãe, e, na Península Ibérica, vai sendo propagada a identificação do indivíduo com três antropônimos: nome, sobrenome materno e sobrenome paterno. Em Portugal e no Brasil, normalmente ocorrem nessa ordem; enquanto na Espanha e em sua área de influência cultural ocorrem na ordem: nome, sobrenome paterno e sobrenome materno.

Porém, como se pode presumir de imediato, um mesmo nome dado a muitas pessoas de uma mesma família, ou de famílias diferentes que, em muitos casos, não apresentam nenhum traço consanguíneo, pode provocar um problema de identificação. Por exemplo, quantas Maria José da Silva não existem Brasil afora? Devido a isso, introduziu-se uma indicação suplementar no nome: o patronímico.

Patronímico é o nome que designa quem é o pai da pessoa. Assim, além do nome de batismo, é acrescido ao nome da pessoa o nome de seu pai, como em José filho de Rodrigo ou José de Rodrigo, que em Portugal era marcado pelo sufixo -es, e na Espanha por -ez, transformando o José de Rodrigo em José Rodrigues ou José Rodriguez. Mas os patronímicos perderam o conteúdo original e passaram a simples nomes de família: Álvares não é mais o filho de Álvaro, mas o que nasceu numa família assim denominada; bem como Gonçalves, Lopes, Nunes, Martins, Henriques, Mendes, Sanches, Ramires, Soares, Bernardes, Alves, Dias, dentre outros.

Em muitos outros casos, alguns nomes tinham relação direta com certas características que um grupo apresentava. Por isso, não são poucos os sobrenomes portugueses e de outros povos que indicam qualidades físicas ou morais (Delgado, Leal, Velho, Louro, Branco, Cão, Severo), das cidades de onde provinham (Guimarães, Bragança, Braga, Porto, Araújo, Aragão, Vieira), de plantas ou árvores (Carvalho, Nogueira, Pereira, Oliveira, Flores, Pinheiro, Lima, Silva, Silveira), de animais (Carneiro, Cordeiro, Bezerra, Aranha, Leão, Leitão, Coelho), de profissões (Monteiro, Carreiro, Moleiro), de acidentes geográficos (Ribeiro, Monte, Lago, Costa), bem como referências religiosas (Assis, Pádua, Ramos, Sales, Santos, Reis). Como se pode verificar ainda, não é apenas no português que isso ocorre, mas em todas as línguas as origens dos sobrenomes são as mesmas. Sobrenomes em inglês como Baker (padeiro), Taylor (alfaiate), Hill (colina), Jackson (filho de Jack), em francês Dupont (da ponte), Chevalier (cavaleiro), em italiano Bianco (branco), Rossini (ruivo), também são exemplos dessas relações.



REFERÊNCIAS
http://revistalingua.uol.com.br/
 http://tutomania.com.br/artigo/a-origem-dos-nomes-e-sobrenomes

sexta-feira, 2 de março de 2012

Análise do Hino do Município de Boqueirão – PB

Bandeira do Município de Boqueirão-PB

1. Letra do Hino de Boqueirão

Boqueirão está feliz
tem amor aos filhos seus.
Tem uma linda bandeira
que o povo concebeu.
Avante, cidade,
pra o futuro que há de vir.
Boqueirão, a cidade das águas,
princesa do Cariri.

Antonio de Oliveira Lêdo
a pedra fundamental lançou.
Deixou toda felicidade
em nossas vidas uma estrela brilhou.

Foi numa linda manhã,
ao resplandecer d' aurora.
Caturité despertou,
Boqueirão se encheu de glória.
Um grande manancial,
que há muito nos alimenta.
O açude Epitácio Pessoa,
obra de grande valor.

O índio Carnoió falou
deixando em nossa memória.
Boqueirão desenvolveu,
então começou nossa história.
Seu nome virou tradição,
um sonho que floresceu.
Nas margens do Paraíba,
onde a cidade nasceu.

Brilha o sol do amanhã,
como raios resplandecentes.
Somos filhos do Brasil,
nossa Pátria, nossa gente.
Somos amigos de fé,
com amor no coração.
Salve a nossa bandeira,
salve Boqueirão.






2. Considerações sobre a letra


Das estrofes

Excetuando-se a segunda estrofe que possui apenas 4 versos, as estrofes do hino possuem 8 versos, o que causa, no início da leitura ou canto, uma quebra no ritmo, na musicalidade poética. Convém destacar que essa estrofe não é um refrão.

Dos versos

Ao analisarmos a letra do hino de Boqueirão, verificamos alguns problemas estruturais e, diante deles, resta-nos tecer algumas considerações: Se a intenção era construir uma letra composta por versos livres ou brancos, o objetivo foi alcançado. Porém, caso a intenção tenha sido a de construir um texto que apresentasse uma rima rica, cheia de musicalidade e que mostrasse uma beleza estética digna da cidade a que se refere, o hino em análise desviou-se drasticamente de seu objetivo.
Inicialmente percebemos rima irregular:

Boqueirão está feliz
por amor aos filhos seus.
Tem uma linda bandeira
que o povo concebeu.
Avante cidade
para o futuro que há de vir.
Boqueirão, a cidade das águas,
princesa do Cariri

Apesar de serem foneticamente próximas, as rimas em destaque nos versos acima não se combinam, visto que o fonema final no 2º verso ser “s” e no 4º ser “u”. O mesmo acontece com o “ir” e o “ri”, nos versos 6 e 8, o primeiro com o “r” mais destacado, e o segundo com “i” aberto.
A segunda estrofe apresenta uma estrutura normal de rima, o verso 2 combina com o 4.
Já na terceira estrofe, observamos:

Foi numa linda manhã,
ao resplandecer d' aurora.
Caturité despertou,
Boqueirão se encheu de glória.
Um grande manancial,
que há muito nos alimenta.
O açude Epitácio Pessoa,
obra de grande valor.

É risível a tentativa de rima na letra de um hino que se pretende musical e poético. Identificamos uma combinação falsa de rima, “ra” com “ria”, conforme destacamos nos versos 2 e 4. Ainda na mesma estrofe, é vergonhosa a combinação de “alimenta” com “valor”, versos 6 e 8.
Nas demais estrofes, não encontramos problemas como os mostrados acima, apenas, como registro destacamos os versos 2 e 4 da terceira estrofe, que possuem, semelhante a primeira estrofe nos versos 2 e 4, uma leve diferença na sonoridade, devido ao acréscimo da letra “s”:

Brilha o sol do amanhã,
como raios resplandecentes.
Somos filhos do Brasil,
nossa Pátria,nossa gente.



Da metrificação
1          2        3      4    5    6    7
Bo/quei/rão /es/tá/ fe/liz
1        2    3         4       5      6       7
por /a/mor/ aos/ fi/lhos/ seus.
1           2    3      4       5      6       7
Tem/ u/ma /lin/da/ ban/dei/ra
1          2     3     4       5      6     7
Que/ o /po/vo/ con/ce/beu.
1      2      3    4     5    
A/van/te,/ ci/da/de,
1             2    3    4            5       6      7
pra o /fu/tu/ro /que há/ de/ vir.
1         2        3       4     5    6     7    8       9
Bo/quei/rão/, a /ci/da/de/ das/ á/guas,
1           2    3      4     5     6   7
Prin/ce/sa/ do/ Ca/ri/ri

1        2     3         4      5    6      7    8
An/to/nio/ de O/li/vei/ra/ Lê/do
1     2     3      4        5      6       7      8       9
a /pe/dra/ fun/da/men/tal/ lan/çou.
1          2        3    4     5    6  7    8  
Dei/xou/ to/da /fe/li/ci/da/de
1          2       3      4     5        6        7      8     9    10     11
Em/ no/ssas/ vi/das/ uma/ es/tre/la /bri/lhou.

1          2      3      4     5      6      7
Foi /nu/ma/ lin/da /ma/nhã,
1          2        3     4    5         6       7
ao /res/plan/de/cer/ d' au/ro/ra.
1       2   3    4    5        6     7
Ca/tu/ri/té/ des/per/tou,
1          2        3        4          5         6      7
Bo/quei/rão /se en/cheu/ de/ gló/ria.
1              2      3      4       5     6   7
Um /gran/de /ma/nan/ci/al,
1                 2       3     4        5  6   7
que há /mui/to /nos/ a/li/men/ta.
1     2    3     4        5    6     7     8     9
O/ a/çu/de E/pi/ta/cio/ Pe/sso/a,
1     2      3       4         5     6     7
o/bra/ de/ gran/de/ va/lor

1      2      3      4         5    6    7    8
O /ín/dio/ Car/noi/ó /fa/lou
1          2        3     4       5      6      7      8
Dei/xan/do/ em/ no/ssa/ me/mó/ria.
1          2        3      4     5        6      7
Bo/quei/rão/ de/sen/vol/veu,
1        2     3      4       5       6      7      8     9
en/tão/ co/me/çou/ no/ssa/ his/to/ria.
1          2        3     4    5       6     7    8
Seu/ no/me/ vi/rou/ tra/di/ção,
1          2        3      4        5      6      7
Um/ so/nho/ que/ flo/res/ceu.
1           2         3         4       5     6  7
Nas/ mar/gens/ do/ Pa/ra/í/ba,
1          2       3    4    5      6       7
On/de a/ ci/da/de/ nas/ceu.

1          2    3    4        5         6      7
Bri/lha/ o/ sol/ do a/ ma/nhã,
1          2      3    4      5       6       7      8
Co/mo/ rai/os/ res/plan/de/cen/tes.
1          2      3     4        5        6     7
So/mos/ fi/lhos/ do/ Bra/sil,
1         2       3     4       5      6       7
No/ssa/ Pá/tria/,no/ssa/ gen/te.
1        2        3   4      5      6     7
So/mos/ a/mi/gos/ de/ fé,
1            2    3        4       5    6    7
Com/ a/mor/ no/ co/ra/ção.
1          2  3     4     5        6       7
Sal/ve/ a/ no/ssa/ ban/dei/ra,
1        2      3       4        5
Sal/ve/ Bo/quei/rão/.

Como podemos observar na escansão feita acima, há uma irregularidade nas sílabas poéticas no decorrer do hino, o que provoca mudança drástica no aspecto rítmico do poema e, consequentemente, alterações na cadência harmônica do mesmo.
Até o 4º verso da primeira estrofe, o ritmo permanece com sete sílabas, passando, a partir do 5º verso - que contém apenas 5 sílabas -, a apresentar modificações consideráveis, ora mudando para 8 sílabas, para 9, e até mesmo 11 sílabas. Na última estrofe, do 3º ao 7º versos verifica-se uma regularidade, contrastando com os versos 2 e 8 que apresentam, respectivamente, 8 e 5 sílabas poéticas. Notadamente, é uma letra de ritmo irregular, e, somando-se esse aspecto aos demais até agora elencados, vem acentuar o empobrecimento lamentável deste texto que se pretende técnico e polido.

Do conteúdo

O bom leitor há de verificar que existem problemas ainda maiores com relação à clareza textual e à coerência na letra do hino em análise.
Sabemos que a coerência é a ligação em conjunto dos elementos formativos de um texto. É o instrumento que o autor vai usar para conseguir dar um sentido completo a ele. Caso não ocorra uma concatenação de idéias entre as frases, elas acabarão por se contradizerem ou por quebrarem uma linha de raciocínio. Havendo isso, podemos afirmar que o mesmo se trata de um texto não coerente.
O que passamos a observar agora é exatamente essa falta de junção entre algumas partes do hino de Boqueirão.
A princípio, logo no início do texto, temos uma idéia dissociada de uma explicação ou motivo decorrente do que se afirma inicialmente “Boqueirão está feliz” (v 1), nos demais versos da primeira estrofe não há uma explicação de o porquê Boqueirão estar feliz. Acresce-se, em seguida, que Boqueirão (elemento elíptico) “tem amor aos filhos seus” e “tem uma linda bandeira” (vs 2 e 3), porém não se esclarece o motivo da felicidade, a não ser que estes sejam os motivos dessa tal felicidade.
Notadamente, o “futuro”, mesmo que todos os seres humanos desejem o contrário, “há de vir” (v 6), não se faz, portanto, necessário esse reforço de idéias, seria o mesmo que ganhar grátis ou ter uma surpresa inesperada.
Na segunda estrofe, entende-se que Antônio de Oliveira Lêdo lançou a pedra fundamental como metáfora da fundação de Boqueirão, mas logo em seguida temos uma ambiguidade marcante, pois ele pode ter deixado (largado, abandonado) a felicidade, ou deixado (dado, posto, colocado, marcado) a felicidade em nossas vidas. Caso seja esta última, teremos “uma estrela brilhou” separado do restante do enunciado, bem como da idéia dessa estrofe. Todavia, como entendemos a estrela ter brilhado em nossas vidas em “Em nossas vidas uma estrela brilhou” (v 4),  o verso “Deixou toda felicidade” parece estar não correspondendo à idéia da estrofe. Haveremos de concordar que o hipérbato nesses versos foi infeliz e compromete o entendimento das idéias apresentadas.
A terceira estrofe é, de longe, a que menos exalta a cidade de Boqueirão, motivo principal do hino. Temos, nesse caso, a indicação que “Foi numa linda manhã, / ao resplandecer d’ aurora” que a Cidade de “Caturité despertou”. Ora, então o hino é de Caturité ou de Boqueirão? Além disso, continua dizendo que, por tal acontecimento, “Boqueirão se encheu de glória”. Com isso, perde-se o foco e a coerência, visto que passa a privilegiar Caturité que desperta como cidade e Boqueirão é mero coadjuvante nesse processo.
Não bastasse essa contradição, a partir do 5º verso da 3ª estrofe, muda-se drasticamente de assunto. Passa a falar do manancial que há muito tempo abastece a cidade e que é de grande valor. Como se pode observar, desvia-se do tema Boqueirão, enaltece Caturité e muda para o Açude Epitácio Pessoa. Mas tudo isso, sem respeitar a coerência entre as idéias. São idéias desconexas, jogadas aleatoriamente sem compor, com as estrofes anteriores, um quadro ilustrativo ou demonstrativo da história ou dos valores da cidade de Boqueirão.


Professor Kleber Brito
Todos os direitos reservados©

UTILIZAÇÃO DE RECURSOS MULTIMÍDIA NAS ESCOLAS MUNICIPAIS DE BOQUEIRÃO





Em 2011, tendo em vista o grande avanço dos recursos tecnológicos e a grande possibilidade da utilização desses recursos em sala de aula, fizemos uma pesquisa com os professores das escolas municipais da zona urbana de Boqueirão-PB, na tentativa de identificar problemas com relação ao domínio desses recursos e como estavam sendo utilizados pelos professores. E isso para posterior tentativa de fornecer aos professores oficinas para que pudessem aprimorar seus métodos de ensino e facilitar a aprendizagem.

Essa pesquisa foi feita entre maio e junho de 2011, mas só agora resolvi publicá-la. Sendo que, na época, este documento foi entregue ao secretário de educação para que ele levasse ao conhecimento do prefeito.

Abaixo, segue o link para download do documento.