Estou produzindo um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), para o Curso de Especialização em Fundamentos da Educação da UEPB, sobre Jogos digitais e ensino de literatura, abordando a possibilidade de alunos de escolas públicas criarem pequenos jogos de Role Playing Game (RPG) baseados em narrativas de autores paraibanos. Resolvi, então, pesquisar na internet algum artigo ou postagem simples sobre "videogames e literatura", e muito por acaso encontrei uma referência a um vídeo do Youtube, intitulado "GameWhat?". E lá estava Bráulio Tavares, dando seus "pitacos", como ele diz. Ocorreu-me, então, a ideia de entrevistá-lo sobre a relação entre literatura e games.
Para quem não o conhece, Bráulio Tavares é "Campinagrandense". Escritor, compositor, colunista do Jornal da Paraíba, é autor de O que é Ficção Científica (1986), A Espinha Dorsal da Memória (1989, 1996), Mundo Fantasmo (1996, 1997), A Máquina Voadora (1994, 1997) e Contando Histórias em Versos (2005), dentre outras obras.
Não pensei duas vezes: escrevi um e-mail para o escritor com algumas perguntas. Ele, um gentleman como sempre, respondeu-me com muita presteza e atenção. Permitindo, inclusive, que esta entrevista fosse publicada neste blog.
Mas vamos ao que interessa.
Entrevista com Bráulio Tavares
Crônicas de Professor - O que você pensa da ideia de uma narrativa sua, ou de algum(ns) personagem(ns) de sua obra, servir de base para um jogo digital, mesmo que seja um pequeno jogo para fins didáticos?

Crônicas de Professor - Como você vê a ideia de se utilizar softwares de criação de jogos no ensino de literatura, para estimular os alunos a lerem determinadas obras e a criarem outras narrativas "derivadas" (digamos assim) dessas histórias?

Crônicas de Professor - Como você compreende essa relação entre literatura e videogames?

Crônicas de Professor - Alguns jogos como Fahrenheit 451, inspirado em livro homônimo, Alone in the Dark , inspirado em um conto de H. P. Lovecraft e nas histórias de Edgar Allan Poe, American McGee's Alice, inspirado em Alice no País das Maravilhas, e Bioshock, inspirado em Nação, de Any Rand, dentre outros, são exemplos do que você chama de "aproveitamento de elementos para criar uma nova obra". Agora, observando o caminho inverso, como você compreende a influência dos games na literatura, em obras como Mãos de Cavalo (Companhia das Letras, 2006), Nerdquest (7Letras, 2008), A feia noite (7Letras) que é cheio de referências ao jogo "Campo Minado" do Windows, e Areia nos Dentes que é inspirado em Alone in the Dark 3 (que fora inspirado no conto de Lovecraft)?

Crônicas de Professor - Evidentemente, você também deve ter se aventurado no universo gammer em uma ou outra oportunidade. De que jogos você mais gostava? Chegou a possuir algum videogame? Tem algum em casa hoje? Ainda joga videogame?

Hoje em dia, mesma coisa: ele fica jogando explicando o contexto, e eu acompanho durante uma ou duas horas, dando palpite, "agora faz isso, agora faz aquilo". Não tenho a sensação física de estar jogando, mas entendo a mecânica.
Crônicas de Professor - Já pensou em escrever algum conto cuja temática seja um jogo de videogame que te marcou na adolescência?

Crônicas de Professor - Agradecemos imensamente sua atenção. Grande Abraço.
* Esta entrevista foi feita via e-mail, nos dias 05 e 09 de março de 2014.
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