Por Kleber Brito
Há muito
tempo eu me aventuro pelos caminhos digitais, e desde que ingressei na grande
rede percebi que a navegação por hipertextos pode, como quase tudo na vida,
apresentar aspectos positivos e negativos. Essa noção de “hipertexto” ou
“hiperligação” não é característica apenas da internet, e esse ato em si já era
praticado por muitos leitores que não sabendo o significado de uma palavra ou
uma referência partiam em busca de um dicionário ou enciclopédia para desfazer
aquela dúvida temporária. Na web é do
mesmo jeito, sendo que ao invés de ir buscar um livro já se dispõe de um
“caminho”, ou como chamamos link, já
trilhado e que nos conduzirá àquele conteúdo que ainda não dominamos. Isto é muito
positivo, pelo simples fato de dinamizar a aquisição de saberes e da facilidade
em acessá-los.
Contudo,
vemos que com toda essa facilidade, toda essa riqueza de hiperconexões, podemos
acabar tomando caminhos que nos distanciam do texto base, por exemplo, e estes
caminhos nos levam a outros, de modo que venhamos a esquecer dos primeiros
passos dados, ou seja, saímos do texto base, não concluímos a leitura, não o
retomamos e nos viciaremos a ler e
adquirir conhecimentos pela metade, o que já vem sendo percebido por muitos
pesquisadores da área.
É nesse
contexto que o professor tem que ingressar nessa rede de hiperconexões,
compreender seu funcionamento, entender esses aspectos positivos e negativos, e
procurar orientar os alunos a buscarem utilizar a rede para pesquisa de um modo
que eles de fato tenham um acréscimo relevante naquilo que se dispõem a
aprender, não apenas tomar parte de uma informação e acreditar que a têm por
completo. É um grande desafio, mas é aí que reside a emoção desta aventura.
Nenhum comentário:
Postar um comentário