Se eu fosse regularmente ao médico, sei que mais dia menos dia ele me diria:
- Olha professor, sua situação é crônica. O senhor é muito ácido. Nada te agrada. Você precisa ser mais um na multidão. Pare com essas ideias de senso crítico que isso não leva ninguém a nada. Vá embora dar seus R$ 0,50 (cinquenta centavos) de aula de gramática.
Contudo, acho que isso está longe de acontecer. Evito esse tipo de especialista. Ou melhor, eles me evitam.
Voltando ao tema do título proposto, tenho sim uma espécie de ignorância crônica: não entendo nada de política, digo, politicalha. Nem me envolvo nessas questiúnculas. São demais para minha capacidade mental. Eu tento ser um sujeito sem expressão, inerte, sem cultura e conhecimento qualquer que possa me dar o título de "sabido". Todavia, de vez em quando surge um mais "ignoranticamente" crônico do que eu. Eles vêm de mansinho pelas redes sociais, tropeçam aqui e ali, escrevem errado acolá - não quero condenar aqueles nobres usuários dos vcs, dos ps dos qs, dos msms ou mesmo dos pqps; pelo contrário, estes estão no seu habitat - (acabou aqui a expressão parentética e retoma o raciocínio anterior. Prossiga...), e acham que podem fazer críticas sem fundamento algum. Nisso, estes tais conseguem despertar o que eu jamais pensaria que tinha adormecido junto a meus dois neurônios e meio: um fiasco de inteligência.
Daí - o que posso fazer? - escrevo estes "textinhos" crônicos para insuflar ainda mais a ojeriza deles. Se é que sabem o significado de insuflar e ojeriza. Ai, ai, ai, Orélio.
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