A tira de jornal ou tirinha, como é mais conhecida, é um gênero textual que surgiu nos Estados Unidos devido à falta de espaço nos jornais para a publicação passatempos. O nome "tirinha" remete ao formato do texto, que parece um "recorte" de jornal. Um dos pioneiros na criação da tira foi o americano Bud Fisher, autor da tira Mutt e Jeff:
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Tirinha Mutt e Jeff. |
A princípio, as tiras tinham uma diagramação padrão de 30 cm de largura por 10 cm de altura. Porém, com o tempo, muitos desenhistas ousaram bastante e produziram tiras muito criativas com diagramação diversificada. É comum encontrarmos tiras na vertical, bem como com um número de quadros superior a seis (6), ou mesmo desalinhadas. No entanto, o mercado americano é tão formal que, caso um desenhista brasileiro fosse convidado a publicar suas tiras em um jornal, ele teria que limitar-se ao padrão clássico exigido por esse periódico.
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Tirinha na vertical. |
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Alinhamento diferenciado. |
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Tirinha com 15 quadros. |
No Brasil, um dos pioneiros na criação e publicação de tiras foi Maurício de Sousa, que começou publicando a tira do cãozinho Bidu, no fim da década de 1950, no jornal Folha de São Paulo. Maurício de Sousa criou uma série de outros personagens que ficaram famosíssimos, como a Mônica, o Cascão, o Cebolinha, dentre outros, e que ganharam, posteriormente, suas próprias revistas de histórias em quadrinhos.
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Tirinha do cãozinho Bidu. |
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Tirinha do Chico Bento. |
Este gênero textual apresenta geralmente uma temática humorística, contudo não raro encontramos tirinhas satíricas, de cunho social ou político, metafísicas, ou até mesmo eróticas.
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Darwin e Deus Tirinha do site Um Sábado Qualquer |
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Tirinha da Mafalda |
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Tirinha do Bode Orelana. |
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Tirinha com conotação erótica. |
É comum as tiras centrarem-se em um personagem principal, que estabelece relação com outros personagens "menores", e que representa uma época remota, um país, um esteriótipo de alguma cultura etc.
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Tirinha do Hagar. |
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Tirinha do Calvin. |
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Tirinha da Mafalda. |
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Tirinha do Recruta Zero. |
A tirinha tem seu espaço garantido nos jornais, em revistas, nos livros didáticos e atualmente tem alcançado grande destaque nas chamadas Redes Sociais, além de blogs especializados neste gênero. É objeto de estudo nos cursos de graduação e pós-graduação, não sendo difícil encontrarmos artigos e outras publicações destinados à utilização deste gênero textual na sala de aula em diversas áreas do conhecimento.
Seguem alguns links para pesquisa, além de mais algumas tirinhas.
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